terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Crítica aos "padrões visuais"

A figura humana é valorizada pela sua singularidade frente a todos os animais terrestres. E mostrar à sociedade suas formas é a causa de um medo desenfreado de engordar. Ocorrendo isto principalmente em mulheres, mas também há homens com tais anseios e receios. E manter a aparência física desencadeia distúrbios alimentares e procedimentos cirúrgicos, com fins de “encontrar” o corpo perfeito em todas as faixas etárias.
Botero: Pintor de corpos fora do padrão
Pintura "La lettera"
É inevitável não sermos adeptos a tais comportamentos, pois foi imposto a nós o árduo trabalho de não agredir a visão do outro. E isto é constantemente exibido em revistas de saude corporal, com milhares de modos de emagrecimento, ou de conquistar um físico digno de “deus grego”, programas de televisão com corpos esculturais expostos para criar nosso padrão visual, entre outros. O que nos tornou, generalizando, mais voláteis, sem opiniões próprias e valorizadores somente da primeira imagem, a mais superficial possível, da qual todos podem tirar suas conclusões sobre concepções de ideologias e críticas. Sendo gritante um olhar preconceituoso como causa de todo esse distúrbio social.
E como reflexo dos desejos da sociedade, os jovens participam deste processo. Pois a correria pela busca de uma profissão com plenitude, requer esforços mentais, como o estudo, mas também uma adequação física. Aulas cansativas, livros desgastantes, professores mais exigentes. Há necessidade de maior adequação de hábitos. E mais futuramente, quando estes atingirem seus status quo desejados, deverão adequar-se com mais intensidade a todas as exigências não só de sua imagem profissional, mas de sua aparência, para que apresente segurança e boa índole.
E tal adequação acarreta transformações principalmente na alimentação. As atitudes alimentares tiveram associação à insatisfação com a imagem corporal. Como exemplo, o aumento na prevalência da anorexia nervosa tem ocorrido no mesmo momento em que uma maior ênfase foi colocada na magreza da mulher como uma expressão de atração sexual tornando o sobrepeso e a obesidade como condição rejeitada. Além disso, o modelo de beleza imposto pela sociedade moderna, o que corresponde a um corpo magro, independente da condição de saude. 
A indústria cultural, pelos meios de comunicação, encarrega-se de criar desejos e reforçar imagens padronizando corpos. E que o sexo feminino, de maneira geral, é muito vulnerável à aceitação das pressões sociais, econômicas e cultural associada aos padrões estéticos.
A criação de tais padrões estéticos, atingiram mundialmente a população e não somente as mulheres. Causando uma espécie de morte do eu autêntico. As relações tornam-se menos intensas e iniciadas por análise superficial, ideias são facilmente manipuladas para que tal padrão seja alcançado. Nisto exemplifica-se o quão notável é que a capacidade para sermos seletivos tornou-se praticamente extinta.
“Just close your mind
You can find all you need
With your eyes”
(Just Let me Breathe – Dream Theater – Falling into infinity - Elektra Music - 1997)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Lista sobre a minha construção

Já vi em vários blogs essas listas enumeradas com 100 coisas que determinam a personalidade de fulano, de beltrano. Então resolvi fazer a minha. Mas eu espremi, espremi até o último bagaço de meu cérebro para fazer essa bendita lista. Mas aí está. É claro que ainda passarei por inúmeros processos de formação de meu eu, então essa lista não dirá tudo sobre mim daqui a algum tempo.


1 - Sou o único homem numa família com 3 mulheres, em minha família parece ter uma cota para homens.
2 - Sou extremamente anti-machismo (o porquê está explicado acima).
3 - Gosto muito de cantar, sou músico, também toco bateria, uma vez fiz a prova pra fazer curso superior de Música e não passei. Não tive nenhum apoio de minha família. :’(
4 - O sonho de todos era que eu cursasse Direito.
5 - Mas meu sonho é ser professor. Faço Licenciatura plena em Ciências na Universidade federal de São Paulo.
6 - Sou nerd desde sempre. Só sento na primeira cadeira.
7 - Minhas notas na escola e na universidade são normais.
8 - Gosto muito de conhecer pessoas.
9 - Gosto muito desse número.
10 - Todos dizem que sou um grosso.
11 - Os amigos que tenho são muito especiais, são os únicos que me aguentam junto com minha família.
12 - Detesto hipocrisia e egoísmo.
13 - Detesto inteligência arrogante.
14 - Tento ajudar as pessoas a construírem sua própria opinião e lutarem por seus direitos.
15 - Aceito críticas sempre pensando que fazem parte de meu processo de amadurecimento.
16 - Acredito em Deus e agradeço muito a ele por ter minha vida.
17 - Apesar de passar por dificuldades, eu me considero feliz.
18 - Gosto muito de ler, escrever e me envolver em movimentos politizados e científicos.
19 - Já fui criticado de falso intelectual e sem personalidade.
20 - Faço de tudo para ajudar as questões envolvidas com o ambiente.
21 - Sou natureba.
22 - Mas sou cheiroso (eu acho).
23 - Não levo jeito com a tecnologia.
24 - Por isso me deram dois celulares, mas nunca sei onde eles estão
25 - Prefiro conversar ao vivo. Gosto do contato presente.
26 - Gosto muito de dar abraços fortes.
27 - Me considero uma pessoa sincera.
28 - Se eu falo com você usando poucas palavras, é por quê não vou com sua cara.
29 - Se eu estiver em um mesmo local que você também estiver, e fingir que não lhe vi, é por quê não gosto mesmo de você.
30 - Eu falo muito. Mas penso pra falar.
31 - Detesto quem fala muito. Principalmente quem fala sem pensar.
32 - Sou do signo de leão.
33- Mas não gosto muito de ser o centro das atenções, sério!
34 - Detesto que esqueçam meu aniversário, pois tenho uma filosofia espiritual de que cada aniversário significa uma renovação, um ano novo que se inicia.
35 - Não sigo religiões.
36 - A maior parte da minha infância eu fui católico.
37 - A outra parte de minha vida até alguns momentos atuais fiz parte do candomblé.
38 - Sou apaixonado por misticismo.
39 - Eu ia ser Hare-Krishna, mas o único centro Hare-Krishna da minha cidade fechou!
40 - Me importo até um certo nível com o que dizem sobre mim, pois vai depender se acho relevante o que foi dito.
41 - Tento ser simpático ao máximo.
42 - Às vezes me dá uns picos de extremismo na escala de Super sério à super idiota, mas são momentâneos.
43 - Já disse que gosto muito de música? Pois é, escuto de tudo em partes, minha mãe nos criou (minhas 2 irmãs e eu) escutando bossa nova e samba. Mas hoje fico numa dualidade extrema: Metal progressivo X Samba.
44 - Me interesso muito pela mensagem que as letras de música têm.
45 - Interpreto tudo, até os outdoors de hospital.
46 - Sou muito parceiro de todos que considero.
47 - Não consigo ficar parado.
48 - Por isso não sou de assistir televisão, nem ir à cinemas.
49 - Lavo as mãos o tempo todo, devo ter algum complexo.
50 - Eu tenho alguma coisa que me faz gostar da palavra “infinito”.
51 - Eu tenho alguma coisa que me faz gostar da cor lilás.
52 - Não tenho paciência com música eletrônica.
53 - Repugno a indústria cultural.
54 - A moda está inserida no quesito anterior.
55 - Eu visto roupa velha e manchada.
56 - Meu cabelo é Black Power.
57 - Quando ele está grande, gosto que fique assim, quando está curto gosto que fique assim.
58 - Quando estou com o cabelo grande, dizem que fico mais bonito assim, quando estou com o cabelo curto, dizem que fico mais bonito assim.
59 - Eu me considero bonito.
60 - Tem dias que me acho extremamente ofensivo aos meus olhos.
61 - Não me importo com a beleza.
62 - Não me importo com a velhice.
63 - Me importo com a saúde.
64 - Sou hipocondríaco. Mas só tomo remédios recomendados por médicos.
65 - Gosto muito de ir à médicos.
66 - Tenho sérios problemas alérgicos na pele que vêm e vão.
67 - Quando estou em um grupo e começam a falar algo que não me interessa, ou não gosto, ligo o botão de mudo.
68 - A minha amiga Camila foi quem me disse pra usar esse botão.
69 - Fico extremamente interessado por assuntos políticos.
70 - Já me disseram pra ser político.
71 - Já me disseram que seria um professor muito mau.
72 - Tenho uma ideologia a seguir, que consiste em entender sempre o que todos estão passando para depois criticar.
73 - Já me disseram que tenho cara de louco.
74 - Já me disseram que tenho cara de inteligente.
75 - Já me disseram que tenho cara de chato.
76 - Pareço ser uma pessoa séria. E sou.
77 - Mas não sou chato (na maior parte do tempo).
78 - Já falei de meus picos de alegria? Pois é, gosto muito de sorrir.
79 - Já me disseram várias vezes que minha risada é muito gostosa. Fiquei feliz por ouvir isso.
80 - A primeiro olhar, sou uma pessoa normal, que não faz alarde para chamar a atenção.
81 - Gosto de conhecer pessoas e começar a falar minhas ideologias.
82 - Gosto de relacionamentos profundos.
83 - Não tenho paciência com quem leva tudo como se fosse banal.
84 - Não tenho paciência com quem leva tudo como se fosse brincadeira.
85 - Meu grande sonho é ser lembrado por minhas ideologias e palavras.
86 - Não tem nada a ver com o que estava falando, mas meu sonho é ser biólogo.
87 - Mas os testes vocacionais que faço sempre me dizem pra seguir a área jurídica!
88 - Amo a vida e sinto que ela traz sempre situações para refletirmos em nosso cotidiano para que ele não se torne rotina.
89 - Às vezes me dá uma depressão maledetta!
90 - Sou realmente auto-crítico e vejo se houve razão para eu agir daquele jeito naquela situação.
91 - “Por que tem que ser desse jeito?” Minha mãe já me criticou por não aceitar nada fácil.
92 - É realmente difícil fazer essa lista. Como pautar quem ser ou o que gosta?

Tá bom! Já não sei mais o que falar!

sábado, 16 de outubro de 2010

Chão (Do) Minado


"(...)
Vem do meteoro o ouro
o ouro é fogo
fruto do suor do sol 
Minado é o chão
de uma terra onde a terra
os brutos amam  (...)"

Novos Baianos - Suor do Sol

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Frieza Científica

Sempre me considerei uma pessoa sentimental. Gosto de ler poesias, choro ao ver cães serem atropelados e ao escutar músicas (entre muitas outras coisas). Mas não sou emo!
Mas, agora que estou inserido no mundo da ciência, sinto que estou mais apático quanto a momentos sensíveis. Talvez seja uma loucura paradoxal, pois a ciência é um instrumento humano, tecnicista, porém humano, em que por meio dela obtemos diversas descobertas sobre a vida, o Universo e tudo mais. (O mochileiro das Galáxias – Douglas Adams).
Comprovei isso nessas férias de julho, quando viajei à minha amada Belém, pois estou morando em São Paulo, cursando Licenciatura plena em Ciências na UNIFESP.
Retomando...
Houve um dia que minha irmã caçula passou mal e desmaiou com a cara no prato de comida e caiu batendo a cabeça na parede; foi uma cena aterrorizante para todos na hora do almoço, voaram para socorrê-la, enquanto fiquei inerte, analisando cada etapa microscópica no corpo dela.
Pois no seu desmaio, fiquei lembrando das aulas de metabolismo, as quais diziam que em um dado momento em que nosso organismo já esgotou toda a reserva energética do nosso corpo para transportar glicose ao cérebro, este simplesmente apaga até que algum carboidrato ou proteína seja absorvido e convertido em algum composto energético para o corpo. 
 
Retornando à parte psicológica...
A ciência nos afasta das emoções quando estamos inseridos nela, pois o mundo superficial não é mais algo mergulhado em superstições, mas sim em análises e comprovações. Nos faz não temermos mais aquelas lendas que todos conhecem.
Não é um mundo inacessível, porém às vezes não consigo voltar ao belo mundo de sentimentos, aquele que traz paz interior, felicidade e positividade.
Só espero permanecer como turista no mundo científico, caso contrário, a cabeça da minha irmã vai ficar toda quebrada!


domingo, 15 de agosto de 2010

E bem que viu o Sabiá...


  
"Façam o presente de vocês muito feliz,
Para que o seu futuro seja saltitante de alegria... "

- Dedicado a João Gabriel e Tâmela.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Bem da vida

Viva a felicidade
Abolindo quase toda a maldade
Como se o amor trouxesse o gozo da infância
Bem que volta à inocência
Bem de ter carinho e delicadeza
Viva o que nos torna o bem maior da natureza!
Eu era sem primavera
Dessas que o ano não principia
Poesia não me dizia
Ternura em mim não havia
Faltava encanto na melodia
Não parava uma saudade
Velha de pouca idade
Ia vivendo a necessidade
Vanessa da Mata

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Por que "O quadro de um poema"?

É uma história breve e simples...
O 1° nome desse blog era "Cores Primárias"  baseado na  intrigante loucura de como o mais essencial é tão importante quanto o pomposo.E seria sublime podermos pintar a vida do modo como nos fosse mais singelamente viável e causaria o mesmo impacto de coisas majestosas.
Seria essa a ideia deste blog:Levar de um modo simples e prazeroso,a poesia,a música e a ciência.
E como todo músico chato e compositor,quero expor uma letra de música de minha autoria  chamada Cores primárias cujo trecho diz assim:

(...)
"Me deixe brincar,eu quero voar
Pintar o céu de vermelho com nuvens de suspiro

Não queira mais pesadelo,
Queira o mais puro e derradeiro amor

Quero cores primárias pra cantar
algo de um mundo alegre."

Explicada a gênese do blog,vamos à explicação do nome "O Quadro de um poema"...

Também tenho uma letra de música homônima,que fala do processo de composição que um poeta passa ao transpor no papel o jeito que o mundo refrata nele.Como a energia de gestos como um abraço,um sorriso navegam na imaginação onde a mistura é o primeiro anseio de quem escreve e faz disso uma parte de sua trajetória como ser humano.
Para que seja compreendida a confusão que faço,eis aqui um trecho de O quadro de um poema:
(...)
"Ser rei de si próprio
Um reino ilusório
Real composição
(...)
E aí,vem
A caneta não quer parar
Faço um suco de laranja pois minha mente é o pomar
 Pássaros enfeitam
A cidade que contrai
Tudo em um momento
E passa por minhas mãos..."

Por favor,nada de plagiar minhas letras de música,são as únicas coisas em minha vida que posso chamar de arte!

E a saudade vem...

(...)
"Vem pra lhe dizer que no peito há vazio,há falta de alguém
(...)
Vem pra qualquer um qualquer hora
Por alguém que foi para longe,já volta..."
(Marisa Monte/Lucas Santtana)
O carinho incomparável,o calor de um abraço amigo com todas as suas energias positivas sendo trocadas num segundo infinitesimal.
Perder a noção do tempo depois de ficar horas com as pessoas que se gosta e que são importantíssimas.
Como eu sinto falta de todos os momentos intensos de uma linda amizade.
E como eu fico na expectativa de voltar ao bom e velho passado,como se ficasse na frente do rádio esperando aquele samba "Onde a dor não tem razão" tocar!

sábado, 27 de março de 2010

Mistério do planeta

Adoro esta letra de música da Banda Os Novos Baianos,do álbum "Acabou Chorare",da década de 70,letra composta por Moraes Moreira e Galvão.É uma música diferente da proposta da banda que tem um estilo musical Samba Pop,e esta é uma balada rock;talvez por esse diferencial que para mim ela tem um enorme destaque,mas o álbum e a banda são ótimos.E claro,a letra é incrivelmente psicodélica e profundamente inteligente.E tem muito a ver comigo e minha história.

Vou mostrando como sou e vou sendo como posso.
Jogando meu corpo no mundo,
andando por todos os cantos
e pela lei natural dos encontros,
eu deixo e recebo um tanto.
E passo aos olhos nus ou vestidos de lunetas.
Passado, presente,
participo sendo o mistério do planeta.

O tríplice mistério do stop,
que eu passo por e sendo ele no que
fica em cada um.
No que sigo o meu caminho
e no ar que fez e assistiu.
Abra um parênteses,
não esqueça que independente disso
eu não passo de um malandro.
De um moleque do Brasil,
que peço e dou esmolas.
Mas ando e penso sempre com mais de um,
por isso ninguém vê minha sacola.

Eis aqui um vídeo,para não ficarem escutando o som do vento contra seus ouvidos:

Papo entre "papa chibés"

Esta é uma das conversas com minha amiga Camila pelo msn depois de eu já estar praticamente alojado em São Paulo.E contei sobre as pessoas que conheço e sobre o que estas não conhecem sobre mim e minha amada província chamada Belém do Pará...
(E antes disso,estávamos conversando sobre quando Camila tirou o aparelho,e fiquei impressionado,daí a explicação da expressão "Égua!":Usamos quando estamos impressionados com algo).

Felipe Alencar ∞ diz:
 égua!!
 falando em égua...
 mana,aqui essa expressão tá fazendo sucesso
Mila diz:
 legal
 espalha espalha
Felipe Alencar ∞ diz:
 tô mesmo
 tem até uns falando "égua!"
 ei...
 e eu já tava famoso mesmo antes das aulas
Mila diz:
 ixi
Felipe Alencar ∞ diz:
 porque rolava nos corredores da universidade que um cara do Pará tava cursando
 e quando eu cheguei o pessoal ficou falando quando soube:"Ah,é você o paraense?"
Mila diz:
 rumum
 olha só
Felipe Alencar ∞ diz:
 e ontem...
 eu expliquei as nossas comidas
 porque eu levei maniçoba pra almoçar lá
Mila diz:
 mentira!
Felipe Alencar ∞ diz:
 sério!
Mila diz:
 e ai ?
Felipe Alencar ∞ diz:
 e falei que tem que ficar cozinhando por uma semana porque é venenoso
Mila diz:
 o pessoal provou?

Felipe Alencar ∞ diz:
 não porque eu tava com muita fome e comi antes que o povo chegasse!!!
 depois falei do jabu e do tucupi
 falei que o jambu deixa a boca anestesiada e tal
 aí disseram que as nossas comidas são cheias de toxinas!!!
 que absurdo!
  
Mila diz:
 palhaçada isso
 claro que nao
 é comida indigena
Felipe Alencar ∞ diz:
  eu falei que tudo isso acontece mas é muito bom e cultural!
Mila diz:
 as pessoas daí é que nao têm estomago pra aguentar
Felipe Alencar ∞ diz:
 verdade
 hihi
 acredita que eles nunca viram o açaí?
Mila diz:
 mentira
Felipe Alencar ∞ diz:
 perguntaram como é e tal
 falei que dá até no quintal aí
Mila diz:
 é verdade
 a minha irmã pega do japonês que mora aqui atrás
 mas tipo,nao rola um preconceito aí contigo?

Felipe Alencar ∞ diz:
 não mesmo
 às vezes falam:"Tem tv lá??"
 perguntas bem idiotas mesmo
 mas eu solto:"e esse R de vocês,que é horrível!"
Mila diz:
 rsrs
 nao te perguntaram dos jacarés?

Felipe Alencar ∞ diz:
 ainda não
 ainda há pessoas inteligentes perto de mim!Graças a Deus!
 e quando fomos ao bar beber? 

Mila diz:
 ai,beber?
Felipe Alencar ∞ diz:
 acharam muito engraçado o meu jeito "Vanessa da Mata" de dançar
Mila diz:
 rsrs
Felipe Alencar ∞ diz:
 e falei que é asssim que dançamos no Pará:meio lentinho
 porque aqui eles dançam meio que tendo ataques epiléticos

Mila diz:
 eu nao sei dançar lentinho
 tche tche tche
Felipe Alencar ∞ diz:
 não acredito
 sério,Camila?
Mila diz:
 sério

Felipe Alencar ∞ diz:
 eu só vejo gente aí dançando bem agarradinho e lentinho
 menos nos bregas né
Mila diz:
 tenho que fazer umas aulas de dança de salão
Felipe Alencar ∞ diz:
 kkk
Mila diz:
 só danço carimbó

Felipe Alencar ∞ diz:
 e num encontro de paraenses que eu fui;...
 aqui eles sabem dançar carimbó!!
 não acreditei quando vi  paulista dançando carimbó!!!????
Mila diz:
 serio?
Felipe Alencar ∞ diz:
 mas,sim..
 no encontro,
 os paraenses quase paulistas há mais de 10 anos aqui
 dançando o meu querido samba de um jeito estranhíssimo
Mila diz:
 ixi
Felipe Alencar ∞ diz:
 um samba todo agarradinho e lento!
 nunca vi isso!
 pra mim o samba que é tendo ataque epilético
Mila diz:
 ah eu já dancei isso
 com meu ex
  é bacaninha
Felipe Alencar ∞ diz:
 é muito chato o jeito deles sambarem aqui 
 aí mostrei o samba paraense!
 claro!
 logo eu,perder um samba
Mila diz:
 tche tche tche
Felipe Alencar ∞ diz:
 aí não conseguiram pegar o ritmo
Mila diz:
 mas como é esse jeito paraense já?
Felipe Alencar ∞ diz:
 sambando!!!
Mila diz:
 ohhhhhh
Felipe Alencar ∞ diz:
 tipo globeleza!
 kkkkkkkk
Mila diz:
 ah tá!
Felipe Alencar ∞ diz:
 e os paraenses quase paulistas lembraram do velho jeito de sambar
Mila diz:
  que bom
Felipe Alencar ∞ diz:
 mais ou menos...
  
Mila diz:
 pq mais ou menos ?
Felipe Alencar ∞ diz:
 porque tiraram o samba e começou o pancadão de funk!!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Ratos são modelo para estudo de ansiedade

Adaptado do site Estadão.com.br
Clarissa Thomé / RIO - O Estadao de S.Paulo

Cientistas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) criaram duas novas linhagens de ratos para auxiliar no estudo do transtorno de ansiedade generalizada e da síndrome do pânico. Por dez anos, os pesquisadores fizeram o cruzamento entre roedores naturalmente mais e menos ansiosos. As características foram transmitidas por herança genética. A pesquisa já está na oitava geração de "ratinhos nervosos".
Os pesquisadores chegaram às espécies testando os que tinham maior ou menor reação a estímulos como choque. Os grupos foram divididos e cruzados entre si, para que se pudesse testar até que ponto as características emocionais eram transmitidas. Na terceira geração, os ratos já apresentaram ansiedade elevada ou reduzida, de acordo com os seus parentes. "Chegamos a esse resultado por tentativa e erro. Levamos dois anos para descobrir que, para se reproduzir, o macho tem de ser colocado na gaiola antes da fêmea, para que faça o ninho. Também aprimoramos o sistema de marcação na orelha e nos dedos", disse J. Landeira Fernandez, do Núcleo de Neuropsicologia Clínica e Experimental da PUC.
Hoje já há cerca de 500 bichos com as características diferenciadas, que permitem estudos sobre a extinção da ansiedade, estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade generalizada (quando a pessoa desenvolve preocupações intensas, excessivas, infundadas e por longo período) e transtorno do pânico (medo constante de novo ataque do pânico - reação emocional intensa com sensação de morte iminente). 
"Nossa intenção é ter um bom modelo de ansiedade em humano, simular de maneira mais verdadeira como esses transtornos se expressam nas pessoas.  (...)"Disse J. Fernandez.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Um pôr-do-sol na cidade que vive de cinzas

Enquanto escrevo,nuvens vermelhas queimando em pleno pôr-do-sol.
E vejo trilhos de trem cerrando o horizonte.
Vejo morros cortados para sustentar barracos,que também são lares.
Estou em São Paulo.

Estou em São Paulo


Lanço meu olhar de atenciosa aflição sobre estas infinitas ruas e também infinitas pessoas que rolam nas infinitas ladeiras.Seres que nas seis primeiras horas do dia,ou até mesmo antes,ficam apertados para entrar nas filas das filas na estação de metrô;na corrida diária,que ao meu ver,exclusiva deste lugar.
Mais uma estação de metrô lotada

Loucas e incessantes pistas que rodeiam a Sé e a avenida paulista.
Diversidade:Gritante.
Fiquei bestificado com essas mulheres não bronzeadas,e com aqueles senhores com placas escrito "compra-se ouro",dividindo e lutando por espaço,assim como eu estou.

Praça da Sé em mais um dia de movimento
Viajei no tempo e no espaço sem sair de meu país.Mas não sei expressar o modo que esta cidade refrata em mim.Eu,nesta incessante impressionante estonteante gigante cidade.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O mundo sobre sua cabeça


   Daqui já se pode ver aquela esquálida criança.Subjugada e julgada pelo mundo,parece estar no fundo do poço (um poço seco).Seus pezinhos e seus dedinhos enterrados num deserto,exercendo a força que desequilibra o mundo,que também está no fundo do poço.
   A testa franzida.Está lá o sol a seus olhos queimar.Sua infância está assando.Nossa globalização se encarrega disto.Talvez esteja esperando algum lugar onde areje um vento bom,onde possa descansar e ver o horizonte deitar no chão.
   Atrás,várias casas.Mas,pelo menos uma é um lar?Se não,o deserto é seu leito.Se fosse de outra cor estaria em qualquer parte?Será que assim veria a beleza transcendente do ocidente,que não é nada mais que uma fronteira artificial como algumas pessoas que residem lá?
   Sabe o significado ou a existência da palavra praça?A imaginação é o meio do escapismo.Vestindo apenas uma imensa bata que cobre seu pequeno corpo.Mas,brincando,finge ser o manto de um rei.Se este for do modo que penso.
   Um pedaço de vida na estrada morta.A brisa traz a areia e ofusca seus olhos.Não sabe que carrega o mundo sobre a cabeça.Mas sente que leva o vento no estômago.
   Daqui já se pode ver,mas todo o resto do mundo faz nada,inclusive eu.

Luxúria é nossa ética

  Não há quem resista olhar os produtos pelos vidros das lojas.Mas,quem olha fixamente a um mendigo sentado no chão da rua,coberto com papelão ou jornal,e oferece a ele,no mínimo,um prato com comida?O consumismo traz regressão não só para nós,brasileiros,mas para toda a humanidade consumista.
   Este nosso desejo desenfreado de possuir o que queremos,deixa-nos apáticos.Pois,se uma pessoa consegue viver com uma qualidade de vida privilegiada,não irá se importar em ao menos olhar pela janela e ver quem passa por dificuldades.Os furtos também são efeitos do consumo sem limites.Todos querem ter,poder comprar o que e o quanto quiser;não interessando os meios violentos.
   Se víssemos a realidade que assombra parte do mundo para podermos consumir e deleitarmo-nos com os arrogantes produtos finais deste reflexo opaco,talvez nossos pensamentos abrissem.Mas poucos têm esta capacidade:De fechar a mente e descobrir com os olhos tudo o que precisamos.
   Se víssemos que as indústrias tomam conta de nós até o nosso suicídio,que as vendas e guerras chegarão ao seu ápice,todas com suas fórmulas detalhadamente calculadas,que a luxúria é nossa ética.
   Alimente sua cabeça com pensamentos simples e se deixe respirar ao invés de aceitar toda esta repetitiva futilidade que é mastigada,plastificada e jogada para aqueles que se permitem levar por estas ondas.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Para a minha roseira

Coloquei o vaso com a roseira na janela,para ver se ela sentia a luz do sol.Há alguns galhos caídos na terra e quase não se pode ver o verde.
Na verdade,é uma roseira só no nome.Pois há anos que não dá nenhuma flor.eu sei que não tenho cuidado bastante.E queria lhe ver como antes,tão cheia de vigor.
E com amor,eu cantei esta canção:


"Vai,minha linda roseira
Quero lhe ver florida como antes
Eu canto perto de você
Para não lhe ver partir
Oh,Mãe Natureza,não tire-a daqui!"

Uma vez,já vi rosas rosadas a brilhar e iluminar meu quarto e minha vida;meus dias eram tão felizes.Depois,virou uma roseira que nem do Tom Jobim.E agora,não quero que encontre seu fim.
Não quero ser um egoísta,muito menos um arrogante,por pedir só pela minha plantinha.Pois também quero ver nossas florestas bem vibrantes e dominantes sobre este dominador.
Minha roseira e eu 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Você já subiu à superfície?


    É difícil evitarmos ser levados pelas ondas de tristeza repentina.Que vêm e vão quando não conseguimos concluir nossos objetivos ou realizarmos nossos sonhos.Aquele pesar nos olhos com vontade de chorar.Deixar-se entregar de uma vez até toda esta emoção negativa lhe consumir e lhe deixar cacos de vidro para rastejar.

    Passado tudo isto,todo este momento de depressão,vá além da superfície e não deixe mais aquela onda lhe bater e derrubar.


     Corra para a rua e tome aquele banho de chuva bem geladinho no final da tarde.Olhe os pássaros,a cidade,seus vizinhos.Visite velhos amigos,você vai lembrar como o papo com eles é bom.

    Pare de olhar o espelho para arrumar o cabelo pelo menos meia hora por dia,e sorria para si mesmo.Veja como seu sorriso é espontâneo e traz tranquilidade a todos que o veem.Preste atenção no seu olhar:Faça caras e bocas,não para posar para fotos,mas para ver de que modo o seu semblante e seu olhar podem demonstrar alegria,raiva e até mesmo mágoa.

    Vá além da superfície.Além da pele,do corpo inteiro,se puder,até mesmo da terrestre,para respirar novos ares.E verá o quanto nós mesmos trazemos dificuldades a uma vida tão boa  e simples.

Vamos transcender o que vemos.A vida é linda e somos nós que a emolduramos para nós mesmos.