sábado, 27 de março de 2010

Mistério do planeta

Adoro esta letra de música da Banda Os Novos Baianos,do álbum "Acabou Chorare",da década de 70,letra composta por Moraes Moreira e Galvão.É uma música diferente da proposta da banda que tem um estilo musical Samba Pop,e esta é uma balada rock;talvez por esse diferencial que para mim ela tem um enorme destaque,mas o álbum e a banda são ótimos.E claro,a letra é incrivelmente psicodélica e profundamente inteligente.E tem muito a ver comigo e minha história.

Vou mostrando como sou e vou sendo como posso.
Jogando meu corpo no mundo,
andando por todos os cantos
e pela lei natural dos encontros,
eu deixo e recebo um tanto.
E passo aos olhos nus ou vestidos de lunetas.
Passado, presente,
participo sendo o mistério do planeta.

O tríplice mistério do stop,
que eu passo por e sendo ele no que
fica em cada um.
No que sigo o meu caminho
e no ar que fez e assistiu.
Abra um parênteses,
não esqueça que independente disso
eu não passo de um malandro.
De um moleque do Brasil,
que peço e dou esmolas.
Mas ando e penso sempre com mais de um,
por isso ninguém vê minha sacola.

Eis aqui um vídeo,para não ficarem escutando o som do vento contra seus ouvidos:

Papo entre "papa chibés"

Esta é uma das conversas com minha amiga Camila pelo msn depois de eu já estar praticamente alojado em São Paulo.E contei sobre as pessoas que conheço e sobre o que estas não conhecem sobre mim e minha amada província chamada Belém do Pará...
(E antes disso,estávamos conversando sobre quando Camila tirou o aparelho,e fiquei impressionado,daí a explicação da expressão "Égua!":Usamos quando estamos impressionados com algo).

Felipe Alencar ∞ diz:
 égua!!
 falando em égua...
 mana,aqui essa expressão tá fazendo sucesso
Mila diz:
 legal
 espalha espalha
Felipe Alencar ∞ diz:
 tô mesmo
 tem até uns falando "égua!"
 ei...
 e eu já tava famoso mesmo antes das aulas
Mila diz:
 ixi
Felipe Alencar ∞ diz:
 porque rolava nos corredores da universidade que um cara do Pará tava cursando
 e quando eu cheguei o pessoal ficou falando quando soube:"Ah,é você o paraense?"
Mila diz:
 rumum
 olha só
Felipe Alencar ∞ diz:
 e ontem...
 eu expliquei as nossas comidas
 porque eu levei maniçoba pra almoçar lá
Mila diz:
 mentira!
Felipe Alencar ∞ diz:
 sério!
Mila diz:
 e ai ?
Felipe Alencar ∞ diz:
 e falei que tem que ficar cozinhando por uma semana porque é venenoso
Mila diz:
 o pessoal provou?

Felipe Alencar ∞ diz:
 não porque eu tava com muita fome e comi antes que o povo chegasse!!!
 depois falei do jabu e do tucupi
 falei que o jambu deixa a boca anestesiada e tal
 aí disseram que as nossas comidas são cheias de toxinas!!!
 que absurdo!
  
Mila diz:
 palhaçada isso
 claro que nao
 é comida indigena
Felipe Alencar ∞ diz:
  eu falei que tudo isso acontece mas é muito bom e cultural!
Mila diz:
 as pessoas daí é que nao têm estomago pra aguentar
Felipe Alencar ∞ diz:
 verdade
 hihi
 acredita que eles nunca viram o açaí?
Mila diz:
 mentira
Felipe Alencar ∞ diz:
 perguntaram como é e tal
 falei que dá até no quintal aí
Mila diz:
 é verdade
 a minha irmã pega do japonês que mora aqui atrás
 mas tipo,nao rola um preconceito aí contigo?

Felipe Alencar ∞ diz:
 não mesmo
 às vezes falam:"Tem tv lá??"
 perguntas bem idiotas mesmo
 mas eu solto:"e esse R de vocês,que é horrível!"
Mila diz:
 rsrs
 nao te perguntaram dos jacarés?

Felipe Alencar ∞ diz:
 ainda não
 ainda há pessoas inteligentes perto de mim!Graças a Deus!
 e quando fomos ao bar beber? 

Mila diz:
 ai,beber?
Felipe Alencar ∞ diz:
 acharam muito engraçado o meu jeito "Vanessa da Mata" de dançar
Mila diz:
 rsrs
Felipe Alencar ∞ diz:
 e falei que é asssim que dançamos no Pará:meio lentinho
 porque aqui eles dançam meio que tendo ataques epiléticos

Mila diz:
 eu nao sei dançar lentinho
 tche tche tche
Felipe Alencar ∞ diz:
 não acredito
 sério,Camila?
Mila diz:
 sério

Felipe Alencar ∞ diz:
 eu só vejo gente aí dançando bem agarradinho e lentinho
 menos nos bregas né
Mila diz:
 tenho que fazer umas aulas de dança de salão
Felipe Alencar ∞ diz:
 kkk
Mila diz:
 só danço carimbó

Felipe Alencar ∞ diz:
 e num encontro de paraenses que eu fui;...
 aqui eles sabem dançar carimbó!!
 não acreditei quando vi  paulista dançando carimbó!!!????
Mila diz:
 serio?
Felipe Alencar ∞ diz:
 mas,sim..
 no encontro,
 os paraenses quase paulistas há mais de 10 anos aqui
 dançando o meu querido samba de um jeito estranhíssimo
Mila diz:
 ixi
Felipe Alencar ∞ diz:
 um samba todo agarradinho e lento!
 nunca vi isso!
 pra mim o samba que é tendo ataque epilético
Mila diz:
 ah eu já dancei isso
 com meu ex
  é bacaninha
Felipe Alencar ∞ diz:
 é muito chato o jeito deles sambarem aqui 
 aí mostrei o samba paraense!
 claro!
 logo eu,perder um samba
Mila diz:
 tche tche tche
Felipe Alencar ∞ diz:
 aí não conseguiram pegar o ritmo
Mila diz:
 mas como é esse jeito paraense já?
Felipe Alencar ∞ diz:
 sambando!!!
Mila diz:
 ohhhhhh
Felipe Alencar ∞ diz:
 tipo globeleza!
 kkkkkkkk
Mila diz:
 ah tá!
Felipe Alencar ∞ diz:
 e os paraenses quase paulistas lembraram do velho jeito de sambar
Mila diz:
  que bom
Felipe Alencar ∞ diz:
 mais ou menos...
  
Mila diz:
 pq mais ou menos ?
Felipe Alencar ∞ diz:
 porque tiraram o samba e começou o pancadão de funk!!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Ratos são modelo para estudo de ansiedade

Adaptado do site Estadão.com.br
Clarissa Thomé / RIO - O Estadao de S.Paulo

Cientistas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) criaram duas novas linhagens de ratos para auxiliar no estudo do transtorno de ansiedade generalizada e da síndrome do pânico. Por dez anos, os pesquisadores fizeram o cruzamento entre roedores naturalmente mais e menos ansiosos. As características foram transmitidas por herança genética. A pesquisa já está na oitava geração de "ratinhos nervosos".
Os pesquisadores chegaram às espécies testando os que tinham maior ou menor reação a estímulos como choque. Os grupos foram divididos e cruzados entre si, para que se pudesse testar até que ponto as características emocionais eram transmitidas. Na terceira geração, os ratos já apresentaram ansiedade elevada ou reduzida, de acordo com os seus parentes. "Chegamos a esse resultado por tentativa e erro. Levamos dois anos para descobrir que, para se reproduzir, o macho tem de ser colocado na gaiola antes da fêmea, para que faça o ninho. Também aprimoramos o sistema de marcação na orelha e nos dedos", disse J. Landeira Fernandez, do Núcleo de Neuropsicologia Clínica e Experimental da PUC.
Hoje já há cerca de 500 bichos com as características diferenciadas, que permitem estudos sobre a extinção da ansiedade, estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade generalizada (quando a pessoa desenvolve preocupações intensas, excessivas, infundadas e por longo período) e transtorno do pânico (medo constante de novo ataque do pânico - reação emocional intensa com sensação de morte iminente). 
"Nossa intenção é ter um bom modelo de ansiedade em humano, simular de maneira mais verdadeira como esses transtornos se expressam nas pessoas.  (...)"Disse J. Fernandez.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Um pôr-do-sol na cidade que vive de cinzas

Enquanto escrevo,nuvens vermelhas queimando em pleno pôr-do-sol.
E vejo trilhos de trem cerrando o horizonte.
Vejo morros cortados para sustentar barracos,que também são lares.
Estou em São Paulo.

Estou em São Paulo


Lanço meu olhar de atenciosa aflição sobre estas infinitas ruas e também infinitas pessoas que rolam nas infinitas ladeiras.Seres que nas seis primeiras horas do dia,ou até mesmo antes,ficam apertados para entrar nas filas das filas na estação de metrô;na corrida diária,que ao meu ver,exclusiva deste lugar.
Mais uma estação de metrô lotada

Loucas e incessantes pistas que rodeiam a Sé e a avenida paulista.
Diversidade:Gritante.
Fiquei bestificado com essas mulheres não bronzeadas,e com aqueles senhores com placas escrito "compra-se ouro",dividindo e lutando por espaço,assim como eu estou.

Praça da Sé em mais um dia de movimento
Viajei no tempo e no espaço sem sair de meu país.Mas não sei expressar o modo que esta cidade refrata em mim.Eu,nesta incessante impressionante estonteante gigante cidade.