quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Frieza Científica

Sempre me considerei uma pessoa sentimental. Gosto de ler poesias, choro ao ver cães serem atropelados e ao escutar músicas (entre muitas outras coisas). Mas não sou emo!
Mas, agora que estou inserido no mundo da ciência, sinto que estou mais apático quanto a momentos sensíveis. Talvez seja uma loucura paradoxal, pois a ciência é um instrumento humano, tecnicista, porém humano, em que por meio dela obtemos diversas descobertas sobre a vida, o Universo e tudo mais. (O mochileiro das Galáxias – Douglas Adams).
Comprovei isso nessas férias de julho, quando viajei à minha amada Belém, pois estou morando em São Paulo, cursando Licenciatura plena em Ciências na UNIFESP.
Retomando...
Houve um dia que minha irmã caçula passou mal e desmaiou com a cara no prato de comida e caiu batendo a cabeça na parede; foi uma cena aterrorizante para todos na hora do almoço, voaram para socorrê-la, enquanto fiquei inerte, analisando cada etapa microscópica no corpo dela.
Pois no seu desmaio, fiquei lembrando das aulas de metabolismo, as quais diziam que em um dado momento em que nosso organismo já esgotou toda a reserva energética do nosso corpo para transportar glicose ao cérebro, este simplesmente apaga até que algum carboidrato ou proteína seja absorvido e convertido em algum composto energético para o corpo. 
 
Retornando à parte psicológica...
A ciência nos afasta das emoções quando estamos inseridos nela, pois o mundo superficial não é mais algo mergulhado em superstições, mas sim em análises e comprovações. Nos faz não temermos mais aquelas lendas que todos conhecem.
Não é um mundo inacessível, porém às vezes não consigo voltar ao belo mundo de sentimentos, aquele que traz paz interior, felicidade e positividade.
Só espero permanecer como turista no mundo científico, caso contrário, a cabeça da minha irmã vai ficar toda quebrada!