segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Brasileiros fazem o seu primeiro "nanopoema"



JOSÉ ALBERTO BOMBIG
enviado especial da Folha de S.Paulo a Campinas

Um fio mil vezes mais fino do que um cabelo. Nele, uma única palavra: "Infinitozinho", tirada de um poema-escultura do compositor Arnaldo Antunes.

Da união entre dois institutos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e o LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron) surgiu esse que os pesquisadores acreditam ser o primeiro "nanopoema" brasileiro. Ou o primeiro poema grafado com tecnologia especial numa estrutura na escala de nanômetros.(...) O experimento foi realizado em março(...)a partir de uma ideia do poeta e músico Juli Manzi, nome artístico do doutorando do Instituto de Artes da Unicamp Giuliano Tosin(...) A palavra-poema foi escrita de trás para diante, a partir da extremidade livre do nanofio(...) As medidas são da ordem de 35 nanômetros por 440 nanômetros --um milésimo de um fio de cabelo. (...) "Tudo consiste em escavar o nanofio com um feixe de elétrons. Poderíamos dizer que fomos esculpindo furos no nanofio. Tudo levou cerca de cinco horas", explica o físico Tizei.

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