segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O Samba toma conta de mim

Já se imaginaram numa roda de Samba?
Eu ainda não fui,mas estou me preparando para o Carnaval (caramba!) e de vez em quando dou uma passada nas Escolas de Samba,pra ficar atualizado na cena desse ritmo que me leva a um estágio de tranquilidade e paz.
Eu sinto tanto prazer quando escuto um solo de cavaquinho,chego a me arrepiar.
Candeia,Elton,Cavaquinho e Guilherme em rodas tradicionais de Samba

Às vezes viajo no tempo de minha memória e lembro de quando minha mãe colocava seus cds de samba (eu não sou da época do vinil, tá, tenho 17 anos ainda), eu dançava muito bem.
Mas quando passei pelo período de pré-adolescência, tornei-me um roqueiro muito empolgado e "poser" muito ridículo, fui capaz até de arranhar a metade dos cds que eu escutava e dançava com minha mãe!
Agora, como se houvesse um encanto, mudei completamente de personalidade, sem exageros, retornei minha mente ao passado e não consigo mais parar de escutar samba.
E estou muito feliz assim. Eu me considero muito eclético, escuto do metal progressivo à bossa nova, mas não sinto uma emoção tão grande como quando escuto aquele Samba gostoso.

Velha Guarda da Portela:Tradição com emoção bem atual

E um dos muitos Sambas que escuto que mais tem me fascinado e emocionado, é "Onde a dor não tem razão", de composição de Paulinho da Viola e Elton de Medeiros.
E como é quase uma tradição, tenho que terminar minhas postagens com uma música ou poema. E aqui está:
  
Canto
Para dizer que no meu coração
Já não mais se agitam as ondas de uma paixão
Ele não é mais abrigo de amores perdidos
É um lago mais tranquilo
Onde a dor não tem razão
Nele a semente de um novo amor nasceu
Livre de todo rancor, em flor se abriu
Venho reabrir as janelas da vida
E cantar como jamais cantei
Esta felicidade ainda
Quem esperou, como eu, por um novo carinho
E viveu tão sozinho
Tem que agradecer
Quando consegue do peito tirar um espinho
É que a velha esperança
Já não pode morrer

Um comentário:

  1. Eu me orgulho porque fui eu quem te apresentou esse samba e sei o quão fundo ele toca.Tambem não sou da epoca do vinil,mas meu avo os colecionava e tive o prazer de ficar sentada num canto da varanda olhando meu avo ,enquanto eu lia alguma historinha infantil, com aquele olhar enternecedor e longinquo escutando suas bossas novas e deliciosos sambinhas de raiz,por isso o samba toma conta de mim atraves de minhas memorias.

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